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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

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Nova fábrica da Fiat terá aporte de R$ 3 bi


Anúncio oficial do investimento em Pernambuco foi feito ontem: decisão teve ajuda do governo federal, que mudou lei e beneficiou empresa


15 de dezembro de 2010 | 0h 00

Cleide Silva e Angela Lacerda - O Estado de S.Paulo
O presidente da Fiat, Cledorvino Belini, anunciou ontem que a fábrica a ser construída em Pernambuco receberá R$ 3 bilhões em investimentos até 2014. Na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele disse que a unidade, a segunda do grupo no País, terá capacidade para produzir 200 mil veículos ao ano.
Segundo Belini, a fábrica produzirá novos modelos que serão desenvolvidos no Brasil para os mercados local e latino-americano. O primeiro projeto será de um carro popular e barato, mas com acessórios. "Um carro com conteúdo e preço competitivo." Parte dos recursos para a fábrica será obtida no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A fábrica será construída no Complexo Industrial e Portuário de Suape. Quando estiver em plena capacidade, deverá empregar 3,5 mil pessoas. Um grupo de fornecedores de peças também se instalará ao redor da fábrica, além de um centro de pesquisa e desenvolvimento.
A Fiat decidiu por Pernambuco após o governo federal alterar a lei de incentivos fiscais às montadoras e autopeças do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Como só empresas já instaladas têm acesso aos benefícios - prorrogados até 2020 -, a Fiat comprou a indústria de chicotes elétricos TCA, instalada em Jaboatão dos Guararapes.
Além dos benefícios federais e estaduais, a Fiat vai ganhar do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, área com 740 hectares, dos quais 44o para a fábrica, que será entregue em abril já com serviço de terraplenagem. Nos outros 300 hectares - em local a ser definido - a Fiat terá pista de testes e centro de capacitação de mão de obra.
Benefícios. O governador citou Lula como responsável pela decisão da Fiat. Segundo fontes, ele prorrogou os incentivos atendendo a pedido de Campos, seu aliado político. Em vigor desde 1996, os benefícios fiscais do regime automotivo do Norte, Nordeste e Centro-Oeste terminariam no fim do ano, mas foram estendidos para favorecer a Fiat. Entre os incentivos, a Fiat pode quitar tributos federais como PIS e Cofins com créditos acumulados de IPI.
Dois dias antes de encerrar seu mandato, em 29 de dezembro, Lula participará da cerimônia de instalação da pedra fundamental da fábrica. Na data, vence o prazo para empresas apresentarem projetos que serão beneficiados pelos incentivos. Estão habilitadas ao programa a Ford, a fabricante de baterias Moura e a TCA (agora Fiat).
Líder do mercado de automóveis e comerciais leves, a Fiat vai investir R$ 10 bilhões até 2014, sendo R$ 7 bilhões em Minas Gerais. A fábrica de Betim terá a capacidade ampliada de 800 mil para 950 mil carros por ano. "Com a nova operação, a Fiat reafirma sua confiança no Brasil, ao realizar no País seu maior ciclo de investimento", disse Belini. / COLABOROU RAQUEL LANDIM.


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